COP 26: o que a conferência do clima nos ensina sobre novos hábitos
Eventos climáticos extremos como ondas de calor, alagamentos e queimadas já fazem parte do Brasil de hoje e, se a ação humana predatória não for contida, a situação tende a piorar. Imagine o que pode acontecer daqui a 30 anos? A COP 26 fez isso por você, e o cenário é assustador.
A COP 26 é uma conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas. De 31 de outubro a 12 de novembro de 2021, 197 países e líderes mundiais se reuniram em Glasgow, no Reino Unido, para discutir ações de neutralidade de carbono até 2050.
Em um mundo abalado pela pandemia da Covid-19, repensar hábitos, tanto nas esferas individual e global, se faz não só necessário, como urgente.
Por isso, neste artigo, vamos falar sobre como entender o que se discute na COP 26 pode ser uma janela de oportunidade para que nós, que não fomos a Glasgow, possamos também agir e fazer a nossa parte de onde quer que estejamos.
O que é uma COP e por que 26?
COP significa “Conferência das Partes” e 26 é porque esta é vigésima sexta edição desta que é a maior e mais importante conferência sobre o clima do planeta.
Tudo começou em 1992, no Rio de Janeiro (olha só a ironia, já que o Brasil é o 4º maior poluidor do mundo, com o nome de Cúpula da Terra, foi aprovada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC).
A partir daí as nações que fizeram parte deste tratado, que passou a vigorar em 1994, concordaram em promover iniciativas para “estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera”.
Hoje, são 197 países que se reúnem anualmente, desde 1994, e fazem a Conferência das Partes.
A COP 2026 deveria ter sido no ano passado e esta seria então a 27ª edição, mas por causa da pandemia o encontro global não aconteceu, por isso em 2021 ainda temos a COP 26.
E os encontros sobre o clima? O que têm a ver com as COP?
Você pode ainda se sentir confuso e se perguntar: mas o que acontece nestas COPs, e os encontros globais sobre o clima?
Lá em 1992 foi criado o primeiro tratado, lembra?
Durante as COPs, os países adicionam “extensões” a esse tratado, como se fossem plano de ações que deverão ser executados e avaliados em um determinado período de tempo.
Assim, surgiram, por exemplo, dois grandes acordos, o Protocolo de Kyoto, durante a COP 3, e que foi o primeiro tratado para controle da emissão de gases.
Em seguida, o Acordo de Paris, na COP 21, em 2015, ocasião em que ficou estabelecido que todos os países do mundo aumentariam os esforços para limitar o aquecimento global a 1,5 °C.
Viu só? É dentro da Conferência das Partes que são elaboradas e discutidas as ações globais para o clima.
Na prática, o que será discutido na COP 26?
A COP 26 espera dos líderes globais mais ação. Ainda que os tratados anteriores tenham oficializado as intenções, na prática o que se vê é um caminho perigoso com risco de vida em apenas três décadas.
2030 já não está tão longe como parecia em 1994, quando tudo começou. E o tempo agora é fator decisivo para alcançar resultados.
Menos teoria e mais prática é o resumo do que será discutido na COP 26.
Quatro principais pontos deverão fazer parte da conferência:
1 – Garantir que o mundo reduza as emissões de carbono até 2030 e neutralize até 2050 e mantenha a meta de não ultrapassar o aumento da temperatura global em 1,5°C;
Embora as metas tenham sido definidas bem antes da COP 26, a realidade é que pouco fizeram os países para que elas, de fato, fossem alcançadas. Por isso, nesta edição, a conferência quer cobrar com planos mais atualizados e ousados a participação das nações.
2 – Criar mecanismos para proteger as comunidades e habitats naturais;
Principalmente os países em desenvolvimento já são fortemente afetados pelas mudanças climáticas. Na COP 26, serão discutidos mecanismos para proteger ou restaurar esses ecossistemas.
3 – Mobilizar finanças;
Muitos países não têm condições financeiras de, sozinhos, garantirem as metas. Por isso, em 2015, as nações mais ricas prometeram viabilizar US$ 100 bilhões por ano para as nações de menor renda até 2020 para ajudar na adaptação às mudanças climáticas. E adivinha? Isso não aconteceu. A COP 26 está cobrando a conta.
4 – Trabalhar em conjunto
Pedir a colaboração entre governos, empresas e sociedade civil para resgatar a regulamentação do Acordo de Paris, onde várias lacunas foram deixadas abertas.
COP 26: como fazer a sua parte
Você viu o quanto são urgentes e necessárias ações para conter a chamada “catástrofe climática”.
Talvez você nem esteja aqui daqui a 20 ou 30 anos, mas seus filhos e netos poderão presenciar muito sofrimento.
O fato é que neste momento que você lê este artigo você pode fazer a sua parte, independente da sua idade, condição financeira ou qualquer outro limitador.
Sabe como?
Tomando decisões conscientes e, para isso, não precisa ser um líder global, um ativista, ou um empresário. Nem mesmo estar em Glasgow.
Aí mesmo no seu bairro, na sua casa e na sua rotina você consegue fazer algo diferente e melhor para o planeta.
Você já parou para pensar, por exemplo, o quanto seu carro consome de combustível e no gasto que você tem mensalmente abastecendo o seu automóvel?
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E, que além de tudo isso, uma simples volta de carro emite mais de 100 gramas de dióxido de carbono (CO²) na atmosfera?
Além do Monóxido de Carbono (CO), dos Hidrocarbonetos (HC), Dióxido de enxofre (SO2), Aldeídos (CHO), Óxidos de nitrogênio (NOx) e Material particulado (MP).
Scooter elétrica como opção viável e sustentável
No lugar, os veículos elétricos, como as scooters, têm sido cada vez mais alternativa aos veículos a combustão.
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