Cidades inteligentes: o que são, exemplos e benefícios
Cidades inteligentes – ou Smart Cities – são aquelas que utilizam a tecnologia para melhorar a qualidade de vida da população.
Imagine um país como o Brasil, com mais de 200 milhões de habitantes. Pessoas de todas as classes sociais, com objetivos distintos, circulam diariamente pelas cidades.
Quem usa o automóvel reclama do trânsito, do pedestre, do ciclista. Quem está a pé, nem sempre consegue pegar a condução pública, o que está no ônibus reclama do atraso, o ciclista não tem faixa exclusiva e se arrisca em meio ao trânsito.
Se você se locomove de alguma dessas formas, com certeza se viu em situações semelhantes.
O fluxo das grandes cidades frequentemente gera problemas que impactam a qualidade de vida de seus habitantes. Um verdadeiro caos.
Frente a situações como estas é que o conceito de cidade inteligente ganhou força.
De uma maneira bem didática, as cidades inteligentes são aquelas com capacidade para resolver problemas.
Mas que tipo de problema exatamente? Como isso funciona na prática? Qual a realidade do Brasil? O que esperar para o futuro?
Tudo isso você fica por dentro agora aprendendo mais sobre as cidades inteligentes aqui no nosso artigo.
É só continuar na leitura!
Cidades inteligentes: o que são na prática?
Você viu que o conceito de cidades inteligentes engloba a capacidade de atuação em prol de melhorias para a qualidade de vida.
Mas, na prática, o que significa isso?
Significa um metrô com mais de 400 km, um cartão de passagem que dá acesso a todos os modais da cidade, como é o caso de Londres, a cidade inteligente que aparece em primeiro lugar no mundo no ranking da IESE Business School, escola de negócios da Universidade de Navarra.
Quem conhece Londres, mesmo que não fale a língua local, confirma o quanto a cidade é bem preparada e oferece a melhor experiência para todos que passam por lá.
Na prática, as cidades inteligentes significam a criação de programas de reciclagem e o incentivo ao uso consciente dos recursos, como no caso da cidade de Riviera de São Lourenço, no litoral norte de São Paulo, a única no Brasil a possuir o ISO 140001, de sustentabilidade.
Significa a transição para uma mobilidade elétrica, a fim de reduzir a emissão de gases poluentes, o uso de fontes renováveis de energia, e até mesmo investimentos em habitação social fazem parte daquilo que pode ser chamado de cidade inteligente.
Baterias elétricas: o futuro da mobilidade sustentável e econômica
De acordo com um estudo do IESE, na Espanha, 9 variáveis podem indicar o nível de inteligência de uma cidade. São elas:
- Capital humano
Coesão social
Economia
Meio ambiente
Governança
Planejamento urbano
Alcance internacional
Tecnologia
Mobilidade e transporte
Ou seja, apesar da mobilidade ser uma das variáveis que mais se destaca quando se fala em cidades inteligentes, como se vê, há muito mais por trás do conceito.
Cidades inteligentes existem porque há planejamento, iniciativa e mudança de mentalidade.
E por falar nisso, a COP 26, conferência global sobre o clima, que aconteceu em 2021 deu o ultimato a quase 200 países para repensarem as suas práticas.
Como começam as cidades inteligentes?
Há duas formas de criar uma cidade inteligente.
A primeira é começando do zero mesmo, isto é, cidades que passam por um planejamento urbano e que em seu escopo já são definidas tecnologias e ações sustentáveis.
Um bom exemplo, nesse caso, é a cidade de Croatá, no Ceará. Planejada desde a sua origem, um dos principais focos do projeto é a inclusão social.
No planejamento urbano de Croatá, constam iniciativas de captação e reaproveitamento da água das chuvas, tubulações subterrâneas por onde passa o sistema de fiação elétrica, tudo pensando na qualidade de vida das pessoas e no meio ambiente.
A segunda forma de criar cidades inteligentes, e a mais comum, é avaliar os processos já existentes nas cidades e identificar melhorias que podem ser realizadas, de acordo com as necessidades daquela região e daquela população.
Porém, em ambos os casos, o que é imprescindível é a participação ativa de governos, iniciativa privada e sociedade civil para colocar em prática a sua cidade inteligente. Isso acontece por meio de projetos aprovados, investimentos, educação e incentivo.
Exemplos de iniciativas inteligentes no Brasil
Um ranking elaborado pela IESE Business School selecionou e reuniu as 174 cidades mais inteligentes ao redor do mundo: o Cities in Motion Index.
No topo da lista, aparecem cidades europeias, como Londres, Nova York e Amsterdam, que se destacam por suas ações de sustentabilidade e qualidade de vida, aliadas à tecnologia e desenvolvimento social.
A propósito, o Brasil também figura neste ranking com projetos inovadores de gestão de recursos e soluções para grandes gargalos urbanos.
Confira os exemplos de cidades inteligentes no Brasil, segundo o ranking da IESE:
1 – São Paulo (123ª no ranking geral)
São Paulo encabeça a lista de cidades inteligentes no Brasil devido ao seu forte incentivo na mobilidade urbana, com a criação de ciclofaixas e também dos corredores de ônibus.
2 – Rio de Janeiro (132ª no ranking geral)
O Rio também entrou no ranking das cidades inteligentes devido a projetos tecnológicos de monitoramento do trânsito e da segurança, ao incentivo ao empreendedorismo de inovação e a programas de ensino gratuitos.
3 – Brasília (135ª no ranking geral)
Brasília é originalmente uma cidade inteligente. Planejada, a capital federal se destaca pelo projeto arquitetônico referência internacionalmente.
4 – Curitiba (138 ª no ranking geral)
A cidade foca em um transporte público eficiente e sustentável e já implantou uma frota totalmente elétrica que faz com que 70% da população utilize o transporte público.
5 – Belo Horizonte (156ª no ranking geral)
A capital mineira se destaca, principalmente, no eixo Saúde oferecendo leitos hospitalares acima da média em relação a outras cidades brasileiras.
6 – Salvador (157ª no ranking geral)
Salvador investe na tecnologia para melhorar a mobilidade urbana e produção de energia. Usando a inteligência das coisas, a capital da Bahia desenvolveu um projeto para monitorar a iluminação pública, com vistas à redução de energia.
É possível verificar o ranking geral em um mapa interativo no portal da IESE Business School.
Mesmo que, no ranking geral das 174 cidades avaliadas no estudo, as 6 brasileiras apareçam nas últimas posições, é importante credibilizar as iniciativas.
Portanto, projetos nesse sentido, ainda que em fase primária, são extremamente fundamentais para que o Brasil avance na direção das cidades inteligentes.
Benefícios diretos da criação de cidades inteligentes
Cada vez que uma cidade planeja e desenvolve ações para melhorar a qualidade de vida da sua população, benefícios diretos acontecem para aqueles que habitam nela.
Quer saber mais sobre os benefícios das Smart Cities? Veja abaixo:
Otimização de recursos
Com a tecnologia auxiliando as aplicações, reduz-se a necessidade de recursos e maximiza-se os resultados.
Menor impacto ambiental
É inegável que a ação humana impacta o meio ambiente. Sabendo disso, por que não usá-la de forma consciente? É isso que as cidades inteligentes fazem.
Ambiente atrativo para a economia e investidores
Uma cidade inteligente torna-se ambiente propício para negócios, incentivando o empreendedorismo, a criação de novos empregos e atraindo novos investidores.
Melhora a infraestrutura
Um dos pilares mais conhecidos de uma cidade inteligente é a sua mobilidade.
Por isso, as melhorias na infraestrutura são benefícios diretos daquelas que investem em projetos smart.
Educação e cultura
Duas importantes áreas que se beneficiam diretamente com projetos de cidades inteligentes, através de programas de ensino, internet para as populações mais carentes, etc.
Podemos pensar em outras vantagens que as cidades inteligentes usufruem, pois a tecnologia, a cada dia que se passa, evolui e permite a criação de soluções inovadoras.
Se a sua cidade ainda não é inteligente, você pode ser
Como vimos, o Brasil ainda caminha a passos lentos quando o assunto é a criação de cidades inteligentes.
Mas se a sua cidade ainda não é, você pode ser!
Você se torna um cidadão inteligente quando faz escolhas conscientes e, mesmo que individualmente, você pode fazer a sua parte e contribuir com todo o processo.
Veja algumas das ações que você pode começar a fazer hoje mesmo:
- separar o lixo orgânico do reciclável;
descartar adequadamente baterias, lâmpadas e componentes eletrônicos;
economizar água no dia a dia e até mesmo construir um sistema para a captação da água da chuva;
economizar energia elétrica;
0ptar por um veículo que não polui o meio ambiente.
E, por falar em mobilidade, um meio de transporte que tem atraído adeptos, principalmente, nas cidades inteligentes, é a scooter elétrica.
Sendo assim, você pode fazer a sua parte ajudando a reduzir a emissão de gases poluentes deixando de usar, ou diminuindo o uso, do automóvel.
As scooters se destacam pela sua praticidade, economia (afinal, R$ 8 de gasolina não dá, né), e sustentabilidade.
A grande verdade é que é um novo estilo de vida: consciente e inteligente, como as cidades inteligentes – e você – são.
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