Moto elétrica: uma alternativa para fugir da alta do combustível

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11 maio, 2022

A recorrente alta no preço dos combustíveis tem estimulado muitos motoristas a buscarem alternativas mais econômicas para a locomoção do dia a dia.

Neste cenário, a moto elétrica vem se destacando como uma opção não apenas econômica, mas também sustentável.

Porém, a pergunta que fica é: será que realmente compensa, financeiramente, investir neste veículo? É o que descobriremos a seguir.

Moto elétrica: um mercado em alta

De janeiro a abril de 2022, a frota de motos elétricas emplacadas no país já foi quase nove vezes maior do que em 2019, conforme dados do Ministério da Infraestrutura.

Só no primeiro bimestre deste ano, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), foram emplacados 951 ciclomotores elétricos.

Por outro lado, neste mesmo período do ano passado, foram registrados apenas 162 emplacamentos, o que equivale a um aumento de 487%.

Já em 2021, o número de emplacamentos de scooters e triciclos elétricos chegou a 1615, contra 959 no ano anterior.

Os números mostram que o mercado de motos elétricas está altamente aquecido e nada mais justo, afinal, o preço médio do litro da gasolina ficou em R$ 7,295 na primeira semana de maio.

E sabe o que isso significa? Simplesmente o maior valor nominal pago pelos motoristas desde 2004, quando a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) passou a realizar levantamento semanal dos preços dos combustíveis.

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Vantagens desta modalidade

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Além de econômica, a scooter elétrica é uma alternativa sustentável, já que, por ser movida à energia elétrica, não emite gases poluentes na atmosfera

Mas você sabe, ao certo, por que a moto elétrica vem aparecendo com uma alternativa para fugir da alta dos combustíveis?

A verdade é que esta modalidade apresenta uma série de vantagens. Entre as principais, estão:

  • Sustentabilidade: a moto elétrica não possui motor de combustão interna, apenas motor elétrico, o que significa que não há emissão de gases poluentes na atmosfera;
  • Custo benefício: além de não precisar gastar mais dinheiro com combustível, a despesa mensal com energia elétrica é mínima;
  • Baixa manutenção: o fato de não haver válvulas, cabeçotes, escapamento e injeção nos motores elétricos significa que restam menos peças para estragar e consertas;
  • Facilidade: a moto elétrica pode ser carregada na sua casa, escritório ou qualquer lugar que tenha tomada, dispensando a necessidade de conectores especiais;
  • Discrição: além de contarem com um design minimalista, seu ruído é praticamente nulo, o que a torna uma opção silenciosa;
  • Agilidade: ao contrário do que muita gente pensa, os motores elétricos são potentes e acabam garantindo agilidade.

Conheça também as desvantagens

No entanto, nem só de pontos positivos vive a moto elétrica. A modalidade também apresenta algumas desvantagens, tais como:

  • Preço: a moto elétrica chega a ser considerada mais cara do que alguns modelos tradicionais. Dependendo da potência e fabricante, ela pode ser encontrada por valores que vão de R$ 7 a R$ 20 mil;
  • Baixa velocidade: para quem gosta de correr e se aventurar nas estradas, esta pode não ser a melhor opção. Isso porque a moto elétrica geralmente atinge uma velocidade média de apenas 60 a 100km/h;
  • Autonomia a desejar: a autonomia também não é grande coisa. Com uma recarga completa, a estimativa é que você consiga percorrer entre 50 a 150km, ou seja, pode não funcionar para viagens, por exemplo;
  • Tempo de carregamento: pode ser que a moto precise ficar parada por pelo menos seis horas para atingir a carga completa de sua bateria, o que demanda planejamento;
  • Espaço reduzido: no caso da scooter elétrica, por exemplo, não há espaço para uma segunda pessoa, tampouco para bagagens.

Vale a pena investir em uma moto elétrica?

Agora que você já conhece as vantagens e desvantagens da moto elétrica, fica mais fácil entrar no mérito se compensa ou não investir em uma.

Em primeiro lugar, há de se ressaltar que cada motorista deve avaliar, individualmente, seu tipo de uso e objetivo.

Para quem percorre longos percursos ou viaja com uma grande frequência, por exemplo, a moto elétrica pode não ser a melhor opção. O mesmo vale para quem precisa fazer entregas.

Em contrapartida, se você costuma andar apenas em vias urbanas, sem extrapolar uma distância de 100km, não há dúvidas: a moto elétrica pode ser sua grande aliada.

Quer uma prova? Então veja, a seguir, a quilometragem que você conseguirá percorrer gastando pouquíssimo.

Quanto custa para “abastecer” uma scooter elétrica?

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Dinheiro investido no abastecimento de uma moto elétrica chega a ser 15 vezes menos do que o de um veículo convencional

A pergunta que fica é: mas quanto custa para carregar uma moto elétrica? Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que esta resposta vai depender de uma série de fatores.

Tais como modelo, potência do motor e da rede elétrica, valor do kW/h da região, voltagem, adicional de bandeira tarifária e impostos.

Ainda assim, sabemos que a eletricidade tem um custo inferior ao da gasolina ou até mesmo do etanol.

Para ficar mais fácil de visualizar, vamos usar um exemplo: uma scooter elétrica com potência de 1200w em uma região onde o preço do kWh é de R$ 0,50.

Neste caso, se a moto precisasse ser carregada por um período de quatro horas, a despesa seria de apenas R$ 2,40 por dia.

Considerando que o carregamento é realizado em dias alternados, podemos dizer que este motorista gastaria menos de R$ 40 por mês com o “abastecimento”.

É isso mesmo que você leu. R$ 40 por mês!

Veja também: Quanto custa carregar uma scooter elétrica? Aprenda a calcular

Descubra também quantos quilômetros faz uma moto elétrica

Agora é hora de falarmos sobre a autonomia da moto elétrica. Apesar de depender muito do modelo escolhido, geralmente gira em torno de 40 a 60 km, no caso das scooters elétricas.

Autonomia da scooter elétrica: confira a ficha técnica de 5 modelos

Podemos dizer então que a irrisória quantia de R$ 2,40 citada no exemplo acima seria o suficiente para percorrer uns 50km, aproximadamente.

Agora, pasme. Se formos considerar um veículo convencional que faz 10km/l, percorrer esses mesmos 50km com a gasolina a R$ 7,295, custaria R$ 36, ou seja, uma diferença de R$ 33,60.

Ou seja, o custo para rodar com a moto elétrica é praticamente zero, o que a torna uma alternativa econômica e sustentável.

Portanto, se você decidir comprar uma, já pode ter em mente que o dinheiro economizado com combustível já te ajudará a pagar as parcelas do novo veículo.

E aí, ainda tem dúvidas se compensa investir em uma moto elétrica?

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